"Compromisso: Melhorar a realidade social do concelho", in A Voz do Mar

A autarquia tem muitas responsabilidades no apoio aos mais vulneráveis. Um concelho jamais será verdadeiramente desenvolvido se não existirem coesão social e condições mínimas de habitabilidade. Diariamente, demasiadas famílias continuam em situações de extrema pobreza, o que nos deve deixar insatisfeitos enquanto comunidade. São significativas as situações de risco ou de exclusão social, de famílias economicamente muito desfavorecidas, com carências habitacionais, o que foi agravado com a pandemia. A intervenção do atual executivo nesta matéria foi residual e insatisfatória. A situação nos acampamentos de etnia cigana piorou e muito. Isto revela bem a inação do executivo camarário e a sua falta de estratégia política para resolver este flagelo social.
É imperioso intervir em vez de ignorar os problemas. Por serem difíceis de resolver, têm de ser discutidos para se encontrar uma solução. É essencial um planeamento da rede de serviços e equipamentos sociais, com identificação de prioridades e respostas sociais adequadas às necessidades. Temos de ter as IPSS como aliados desta estratégia!
O acompanhamento de idosos é também fulcral. Temos o dever de lhes prestar o melhor apoio e promover iniciativas que estimulem o bem-estar e a qualidade de vida. Devemos identificar e acompanhar os idosos em isolamento social no concelho, para aferir eventuais necessidades, tendo as Juntas de Freguesia como parceiros. O serviço de ação social tem de atenuar as desigualdades sociais, com respostas dirigidas a grupos sociais desfavorecidos ou a agregados familiares que transitoriamente passem por dificuldades. Queremos que deixem de passar dificuldades e que deixem de precisar de ajuda!
Connosco, a autarquia disponibilizará um atendimento presencial, realizado por um técnico com competências, mas também será criada uma linha telefónica para o atendimento na área social. A ação social do município tem que ser orientada para políticas ativas de inclusão social, dinamizando parcerias com IPSS e com o tecido empresarial.
Pensamos criar um gabinete de atendimento às vítimas de violência doméstica e aos sem-abrigo para os capacitar com instrumentos adequados às suas necessidades. Queremos dar respostas às pessoas com deficiência ou com alguma incapacidade motora nos nossos serviços municipais e melhorar os acessos a espaços públicos, eliminando barreiras arquitetónicas.
No nosso contexto social e escolar, importa assegurar que as crianças e jovens com problemas na integração sejam acompanhados por técnicos especializados de âmbito psicossocial e orientação profissional. Para tal a CPCJ deve ter os recursos físicos, técnicos e humanos necessários para atuar da melhor forma junto dos nossos estudantes e familiares. Queremos um concelho socialmente mais desenvolvido, com responsabilidades para quem beneficia dos apoios e serviços sociais. Queremos combater a exclusão e a degradação social. Queremos fazer da ação social a prioridade das prioridades para o bem dos nossos munícipes e do concelho.